quinta-feira, 5 de abril de 2012

Lembranças pascais



Daqui a alguns dias estaremos comemorando mais uma Páscoa. Lembro-me até hoje como eram estas comemorações na casa dos meus pais. Todo domingo de Páscoa, acordava e saia à procura dos ovos que o “coelhinho havia deixado”.
No meu tempo não havia este negócio de se escolher ovo disso ou ovo daquilo. Aliás, nem havia estes ovos de marca, de grife, como encontramos hoje.
Não me lembro como os meus ovos vinham, de que marca eram, mas sei que ganhava bastante deles. Afinal tinha o dos meus pais, o da minha avó Marocas, da minha Tia e do meu tio Nanai e Dó e tinha claro.. da Dó.
Apenas um intervalo para explicações. Na minha vida tenho duas pessoas com o mesmo apelido: Dó. Um foi um dos homens mais importantes na minha vida. Que me ajudou a ser o que sou hoje. Um tio emprestado, porque era casado com minha tia, chamado Fernando,  mas por quem tinha um carinho e hoje tenho uma gratidão imensa. A outra Dó, da minha vida, que se chama Diva, é a secretaria que acompanha meus pais a mais de 55 anos. Ajudou a me criar e a minha irmã e até hoje está lá. Brava, de vez em quando, mas sempre amorosa. Posso dizer e peço perdão aos radicais que a considero minha segunda mãe, minha “mãe morena”. Ia dizer preta, mas sei lá...
Mas, voltando a questão dos ovos de páscoa, hoje tudo está diferente. Não há mais aquela expectativa que havia antes.
Para este ano minhas netas pediram um de Rebeldes, que não achei e um outro da Rapunzel que o Inmetro mandou retirar das lojas. Não vão ganhar nenhum dos dois. Qual vai ser não vou revelar aqui quais serão, até mesmo porque elas podem ler, e eu quero fazer surpresa e suspense, mas será legal.
Já minhas filhas gostam de escolher e normalmente a escolha delas não bate com a minha. Não sei porque...$$$, mas este ano terão ovos bem saborosos. Isso eu posso garantir.
Quero deixar claro que não sou a favor de enganar as crianças com a história do coelhinho que põem ovos. Até mesmo porque isso é impossível nos dias de hoje, mas não posso deixar de reconhecer que adoro ver a carinha delas tanto quando estão na expectativa do presente, como quando o encontram. Não há felicidade maior, do que ver uma pessoa feliz.
E assim eram as minhas páscoas quando crianças: felizes, recheadas de felicidade.
E isso que eu desejo a você que me lê: muita felicidade, muita paz e muito amor.

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