sábado, 5 de maio de 2012

Para que a TV no restaurante?


No restaurante aonde almoço quando estou trabalhando é um local, que, dependendo do horário é bem tranquilo, mas nem sempre isso acontece. Principalmente quando alunos dos cursos oferecidos pela instituição onde trabalho aparecem.
Como todos jovens falam alto, fazem barulho, mas nada que merecesse esta crônica ou qualquer comentário contrário a isso. Afinal eles não são os únicos. Há ainda os meus colegas de trabalho que, assim como eu,  na ânsia de serem ouvidos também falam alto.
Até semana passada, para somar a quantidade de ruídos, havia uma televisão14 polegadasque ficava sempre ligada na programação da Globo e que raramente, por causa do barulho, era ouvida. Ou seja, não tinha razão para estar lá.
Nesta semana, quando retornei ao trabalho na quarta-feira, tomei conhecimento de que ela havia sido retirada. Que alegria! Que satisfação! Finalmente passaria a frequentar um restaurante que não tivesse um aparelho de TV.
Não sei se você que me lê agora já reparou que na maioria dos restaurantes há um aparelho de TV que você nunca consegue ouvir ou quando consegue, não dá para entender o que está sendo falado. Em alguns até usam o Closed Caption, mas as legendas vêm tão atrasadas que nem vale perder tempo.
Fico imaginando para que colocam TVs neste local. Um amigo meu chegou a brincar comigo que isso seria mais uma conspiração da Globo para dar audiência, porque todos os aparelhos ficam ligados na emissora carioca. É lógico que descartei tão coisa, mas que me intriga, ah isso me intriga.
Se você amigo leitor souber o porquê disso, mande uma resposta para mim através do endereço eletrônicofernandodebarros@gmail.com.
Mas, voltando ao fato da minha alegria que era a retirada da TV, qual não foi minha surpresa quando a gerente toda feliz veio me comunicar que na segunda-feira poderemos contar com um aparelho de LED para nos “divertimos” na hora do almoço.
Não sei se dei a perceber a ela, mas a minha cara não foi bem de quem ficou feliz pela “nova diversão”. 

sexta-feira, 27 de abril de 2012

E os e-mails continuam chegando...


Já tive oportunidade de comentar com vocês a quantidade e qualidade de e-mails que recebo diariamente. Tem de tudo um pouco. Desde hackers querendo me mandar acessar site de banco do qual não tenho conta, até mesmo de profissionais de assessoria de imprensa, que por ser eu o editor de uma coluna sobre televisão, me enviam tudo que podem para divulgar seus assessorados.

Vou ser franco. Recebo mais de 150/dia, o que significa que não dá para ler todos. Alguns, por já saber o conteúdo pelo assunto, nem me dou o trabalho de abrir. Para outros ainda uso um recurso do Gmail que me facilita a sua leitura e um terceiro grupo, este sim, abro e leio todo.

E fazendo isso nesta semana, aliás, no mesmo dia que o jornalista Artur Xexéo tratou do mesmo tema na sua coluna semanal do jornal O Globo, me deparei com duas “pérolas”.

A primeira foi sobre uma bailarina do Faustão. Acompanhe abaixo o texto recebido.
A bailarina do Faustão, Patrícia Gonçalves esteve hoje na praia do Recreio, Rio de Janeiro, junto com a sua colega de ballet, Carol Oliveira. Elas fizeram poses para as câmeras e é claro mostraram que estão em ótima forma e com o bronzeado em dia”.
O e-mail vinha acompanhado de três fotos – uma delas abre esta crônica, que foram claramente produzidas para isso.

Também recebi, da mesma empresa de assessoria, um outro dando conta de que Núbia Olivier (?) esteve na festa de 24 anos de sua afilhada Twiggy Vilela (?), em São Paulo. O detalhe da nota é o seu encerramento. Leiam e tirem suas conclusões “...a bela (Twiggy) se apresentou com um vestido verde, curtíssimo e muito decotado. Núbia Óliiver também arrasou no modelito e em um vestido colado ao corpo, esbanjou boa forma e aproveitou para parabenizar a sua afilhada com um selinho”.
Este e-mail vinha acompanhado de 10 fotos as quais apaguei para não pesar a minha caixa postal.

Quero deixar bem claro que não estou aqui criticando o trabalho destes profissionais que são pagos para fazer o seu trabalho e o fazem, mas que poderia haver um discernimento um pouco maior sobre o que é ou não noticia, ah! isso deveria ter sim.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Nomes e nomes...


Um dia destes conversava sobre nomes estranhos com uma tia minha e lá para tantas começamos a buscar na internet nomes de pessoas bem estranhos para não dizer bizarros.
Foi uma busca rápida e bem profícua.
Só com a letra “A” achei mais de 100 entre eles Abrilina Décima Nona Caçapava na Piratininga de Almeida, Acheropita Papazone, Adalgamir Marge, Adegesto Pataca, Adoração Arbites e dois com o mesmo prenome: Agrícola Beterraba Areia e Agrícola de Terra Fonseca. Ah, ainda na letra A, não posso deixar de mencionar Ava Gina (em homenagem a Ava Gardner e Gina Lolobrigida).
Já na letra “B”, encontrei Bananéia Oliveira de Deus, Bandeirante do Brasil Paulistano, Barrigudinha Seleida e Bende Sande Branquinho Maracajá, entre outros.
Na letra “C”, achei – entre vários, Cantinho da Vila Alencar da Corte Real Sampaio,  Carneiro de Souza e Faro, Caso Raro Yamada, Céu Azul do Sol Poente, Chananeco Vargas da Silva e Chevrolet da Silva Ford.
Na letra “D” achamos Disney Landia Rodriguez Suarez (foto),  Dezêncio Feverêncio de Oitenta e Cinco, Dignatario da Ordem, Imperial do Cruzeiro, Dilke de La Roque Pinho, Disney Chaplin Milhomem de Souza.
Na “E” temos Esparadrapo Clemente de Sá, Espere em Deus Mateus, Estácio Ponta Fina Amolador e Éter Sulfúrico Amazonino Rios. Isso mesmo, Eter Sulfúrico Amazonino Rios.
No conjunto dos nomes iniciados por “F” pincei Felicidade do Lar Brasileiro, Finólila Piaubilina e Flávio Cavalcante Rei da Televisão.
Já na letra “G”, só havia dois Gigle Catabriga e Graciosa Rodela D'alho
Na letra “H” foram encontrados Himineu Casamenticio das Dores Conjugais, Holofontina Fufucas, Homem Bom da Cunha Souto Maior e Hypotenusa Pereira
Nas letras “I” e “J” temos, entre outros, Ilegível Inilegível, Inocêncio Coitadinho, Isabel Defensora de Jesus, Izabel Rainha de Portugal, Janeiro Fevereiro de Março Abril, João Bispo de Roma e João Cara de José entre outros.
Poderia continuar lista afora, mas vou poupá-los de tanto. Quem desejar saber mais que recorra ao site http://algunsnomesestranhos.blogspot.com.br/. Lá está a relação toda.
Voltemos, portanto, ao tom da crônica. Fico pensando como ficam estas pessoas a quem os pais dão nomes sem pensar como serão no futuro. O que será que passa pela cabeça destes pais. Muitos devem gostar porque não o escondem. É o caso do senhor
Um Dois Três de Oliveira Quatro que morava na cidade de Volta Redonda e sempre se apresentava assim.
Pode parecer para você, para mim, que temos nomes considerados normais, encontrar alguém com um nome assim.
Acho mesmo que pior de ganhar um nome estranho e passá-lo ao filho, colocando no seu final a palavra Junior.
Também conheci pessoas que trocavam estes nomes, chamados estranhos, por outro. Na minha família tive dois casos. Um era de uma tia muito querida que todos chamavam de Maria Helena. Era tia Maria Helena para lá, tia Maria Helena para cá. O marido dela, meu tio Nelson, só a chamava pelo nome ou de Malena. Seus filhos sempre a chamaram de Maria Helena, até que um dia veio à tona a verdade: seu verdadeiro nome era Izaltina.
Outro caso é também de uma tia, também  muito querida, mas que está ai viva e esbanjando saúde que todos chamamos de Niza, embora seu nome seja Aniceta, um nome espanhol, que lhe foi dado por seu pai.
Se você que me lê agora tiver algum nome estranho e não gostou da crônica, me desculpe, mas a minha missão aqui foi apenas fazer o registro. 

sábado, 21 de abril de 2012

Nãna tá certa ou errada?


São 20 horas e dez minutos de uma noite de sábado e acabo de conversar, se é que se pode chamar conversa uma função da qual nenhuma palavra é emitida apenas escrita como fazemos pelo o facebook, com minha prima, Roseana e que estava injuriada com o que ela achou uma violência cometida pela produção do Caldeirão do Huck, no programa de hoje, no quadro Mandar Bem, no qual um rapaz Kaio Vitor, foi premiado com um trailler e mais alguns prêmios em troca, podemos dizer assim, da sua carrocinha de Yakisoba.

Nãna, como é chamada pelos mais íntimos, estava injuriada com a cena na qual a carrocinha do rapaz era destruída em um ferro velho. Para ela isso foi uma violência e bem que a produção poderia ter deixado de lado ao ver o desespero do rapaz.

Expliquei a ela que nem sempre o que desejamos acontece nos programas, principalmente quando a busca pela audiência é feroz, mas que poderiam ter dado uma amenizada isso poderiam. Não o fizeram e não me pareceu que o rapaz tenha sofrido tanto assim, mas acho que as produções tem obrigação de pensar um pouco melhor antes de mandar para dentro de nossas casas cenas que podem nos chocar.

Em todo caso, traumatizado ou não, o rapaz me pareceu bem feliz no final quando não só ganhou diversos prêmios, mas também teve seu trabalho reconhecido e deve estar recheado de pedidos.

Não termino esta crônica aqui e deixo-a aberta a comentários tanto a favor da Nana como contra. Fiquem a vontade para opinar. Quem desejar enviar e-mail pode fazer isso pelo fernandodebarros@gmail.com.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

O ronco do primo


O ano não me lembro bem, mas foi por volta de 1968, 1969. Uma grande notícia chega à cidade de Volta Redonda: o filme Lawrence da Arábia, um dos maiores sucessos da telona iria passar no cine Nove de Abril.
Filas formavam à sua porta para ver as aventuras e desventuras tão anunciadas naquele filme.
E como não podia deixar lá fui eu acompanhado de meu pai e de meu primo que morava no distrito Barão de Juparanã e estava passando uns dias em minha casa.
Antes de prosseguir deixe-me fazer um esclarecimento. Devíamos ter nesta época não mais do que 14 anos e Marco, este é o nome do meu primo, por morar num local onde as pessoas “acordavam com o galo e dormiam com ele” não estava acostumado com os horários da “vida corrida” de Volta Redonda. Para ele nove horas era tarde da noite e cinco da manhã era hora de já estar de pé.
Dito isso voltemos a nossa história.
Pois bem fomos para o cinema. A fita que tinha no seu elenco Peter O Toole, Omar Shariff, Alec Guiness e Anthony Quinn, era longa com cerca de quatro horas de duração e por isso só haveria uma sessão.
Fila, pacote de pipoca e amendoim na mão, as portas do Nove de Abril se abrem. Entramos, mas precisamos ficar apenas na galeria do cinema. Às oito horas em ponto o filme começa. Não havia comerciais como há hoje, apenas o “Atualidades Atlântida” que neste dia não foi ao ar.
Passados quinze minutos eu e meu pai ouvimos um forte barulho. As pessoas em nossa volta também. Olhamos, levantamos, procuramos e perguntávamos o que seria aquele forte barulho que conseguia até abafar o som do filme.
Depois de procurar encontramos o meu querido primo em sono profundo. O barulho era seu ronco!
Marco jamais viu as cenas de Lawrence da Arábia, dormiu o filme todo e só foi acordar quando as letrinhas subiam.
Nota do autor
Esta crônica foi publicada originalmente no site Recanto das Letras, em 23 de novembro de 2007 e eu a terminava não de forma como está acima, mas sim da seguinte maneira:
“Marco jamais viu as cenas de Lawrence da Arábia, mas está fazendo de sua vida a vida daquele personagem tão famoso e que marcou mais de uma geração com sua luta pela igualdade, pela vida. Que ele tenha tanta sorte como teve a personagem”.
Hoje, Marco não está mais conosco. Batalhou muito, mas em 2010, Deus precisou de um veterinário, de um homem digno, um pai de família exemplar e o chamou para si. Ficou a saudade de todos aqueles que um dia puderam usufruir pouco ou muito, não importa, da sua companhia.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Tempo que não volta


Acabo de ver uma foto postada no facebook de meu primo em que estava escrito: “Aproveite cada minuto, porque o tempo não volta. O que volta é a vontade de voltar no tempo”.

E não é que é a pura verdade! Quantas vezes nos pegamos pensando ou querendo voltar ao passado. Eu mesmo já revelei aqui que às vezes me socorro das minhas memórias para deixar de lado as tristezas da vida.

É uma defesa, reconheço, mas que funciona. Nada melhor do que lembrar do tempo de criança e adolescente em que a palavra compromisso não fazia tanto parte do nosso vocabulário.

Saudade de andar a cavalo na chuva, de correr pela grama sem se preocupar com nada, de tomar água de torneira sem pensar se ela está ou não contaminada. De dividir um copo com um bando de amigos sem medo de pegar uma doença.

De deixar à casa aberta sabendo que nenhum ladrão iria aparecer. De comprar leite em uma carroça;  de comer biscoito que era vendido a varejo e levávamos para casa em sacos de papel que não estouravam.

Saudade dos colegas de escola, das professoras que tão bravas e eficientes eram que ficaram na memória. Donas Maria Estela, Solange Wehaibe, Ieda e tantas outras.

Saudade do pão com mortadela e do misto quente que a dona Lelita, cantineira do colégio, preparava com tanto amor.

Saudade de um tempo, que como bem colocou meu primo, "de um tempo que não volta mais"

terça-feira, 17 de abril de 2012

Procurando a fama e para isso haja e-mails



Sou jornalista e além de outras funções exerço também a de editor de uma coluna sobre entretenimento e por isso recebo uma média de 200 e-mails dia que, confesso, a maioria descarto só ao ler o titulo da mensagem.
São e-mails que contém de tudo, mas o que mais me chama a atenção são de alguns colegas que fazem de tudo para que seu trabalho de assessor de imprensa frutifique.
Conheço, e bem, as dificuldades enfrentadas para obter uma nota sobre o seu assessorado. Não é fácil, mas não posso deixar de comentar uma mensagem que tenho recebido quase que diariamente.
Por uma questão de respeito ao colega autor da nota, vou omitir nomes dos envolvidos, mas trata-se de uma jornalista que, por dois longos meses, apresentou um telejornal na TV Brasil – alguém assiste TV Brasil e ainda mais o seu noticiário?, e depois de ser demitida resolveu se tornar uma personalidade e contratou uma empresa de assessoria para isso. 
Veja bem ela contratou não um, mas uma empresa de assessoria!
E isso gera um festival de informações que daria até para fazer uma coluna só sobre ela. Tipo assim: “fulana acordou”, “fulana foi ao banheiro”, “fulana vai tomar café na padaria tal”. Ela se expõe de todas as formas possíveis e pior, por mais que sua equipe de assessores atue, não vi nada publicado, até agora. Fiz até uma pesquisa no Google e nada, mas os e-mails continuam.
Mas se vocês pensam que ela é a única esqueçam! Existem vários casos. Um mais recente é de uma ex-panicat e ex-BBB que usa a mesma tática. Esta ainda tem sucesso. Há varias notas suas na mídia, mas o festival de e-mail continua forte.
Em resumo fico com pena dos colegas que tem que conviver com isso. Não é fácil, afinal hoje, principalmente depois do BBB, todos querem aparecer, ser famosos e não medem esforços para isso.
E nós jornalistas que soframos com isso!

domingo, 15 de abril de 2012

Me dá um abraço!

Sou uma pessoa que adoro abraçar as pessoas. Quem me conhece sabe bem disso. Nada melhor do que receber um abraço de um amigo, de uma amiga, da pessoa amada. O “apertar das costelas” não tem preço. É uma benção divina, ouso dizer e ainda acrescento cada momento de um abraço verdadeiro fica reservado na minha – nossa memória. Afinal, o abraço é algo que nos acompanha desde que nascemos. É um dos primeiros atos que nossas mães fazem assim que chegamos ao mundo.

Mas será que as pessoas sabem mesmo da importância de um abraço? Sabem o que ele significa?

Andei pesquisando na internet algumas definições para estas perguntas por que vejo pessoas que adoram ser abraçadas, mas também há aquelas que se horrorizam ao pensar nesta hipótese.

Alguns especialistas definem que “um simples abraço pode fazer diferença na vida de um ser humano já que este toque é muito importante”.

Também encontrei outra definição no site Voz da Verdade que assino embaixo: “Em algumas igrejas ou sociedades as pessoas tem o hábito de se abraçarem, mas às vezes, não há uma plena consciência disto. Fica uma coisa muito mecânica. Abraçar significa dar vazão aos sentimentos de compaixão, amor, alegria, tristeza, afeição. Também está relacionado à cura, apoio pessoal”.

O autor do artigo relata a história verídica de uma moça chinesa que durante toda a sua vida nunca pode sentir o toque de um ser humano, nem dos seus pais nem de ninguém. Quando esteve internada num hospital com uma série de traumas, ela sentiu debaixo do lençol algo esbarrando na sua perna, olhou e notou que era uma mosca que raspava suas patinhas em sua perna. Esta foi a primeira vez que uma criatura a tocou e ela ficou tão emocionada que guardou a mosca numa caixinha e fez dela sua mascote. Um dia ela piorou ,ficou inconsciente e alguém acabou matando a sua mascotinha e quando ela descobriu, chorou durante dias.

Encontrei também no site Portal Verde os vários tipos de abraços existentes. Vamos a alguns deles:

Abraço padrão: É quando as pessoas ficam olhando um para o outro, braços envolvendo os ombros, os lados da cabeça apertados um contra o outro, e os corpos inclinados para frente sem se tocar absolutamente abaixo do nível dos ombros. Assim. Esse é um abraço padrão. O tempo gasto neste tipo de abraço normalmente é breve, uma vez que significa quase sempre "olá" ou "até logo". O sentimento que está por trás disso é de apreço ou de cordialidade formal. O abraço padrão é mais apropriado para conhecidos novos ou colegas de profissão, ou em situações que requeiram certa formalidade. Por oferecer pouca ameaça, é confortável para pessoas tímidas ou sem prática.

Abraço de urso: É aquele abraço apertado, cheio de energia, que nos envolve e às vezes chega a nos tirar o ar. Naqueles dias em que a gente não consegue botar pra fora, e está lá se auto-reprimindo na concha, esse abraço faz com que o novo ar possa entrar na gente...

Abraço xoxo: Sem graça, sem vontade, é aquele falso abraço, onde não de dá nem se recebe nada, apenas se cumpre um protocolo bobo.

Abraço com tapinhas: Dado principalmente por homens, sendo um jeito criativamente yang de se substituir a emissão de energia através do contato constante. O machismo repele o contato, mas o espírito de amizade cria esse método...

Abraço envolvente: Mais comum entre os casais, embora não seja ato exclusivo destes. É similar ao abraço de urso, onde os corpos se tocam sem restrições. A diferença é que enquanto o abraço de urso enfatiza um "apertão forte e enérgico", o abraço envolvente vai primar pela duração do contato físico. Costuma-se procurar e receber a cabeça do outro que repousa sobre peito ou ombro.

Abraço noturno: "Esse é um abraço familiar, acontece entre casais, entre filhos e pais, entre irmãos e também pode ser cultivado entre amigos íntimos. É assim, a gente se enrosca um no outro e coloca a cabeça no peito do outro e fica bem grudadinho, ouvindo música ou vendo um filme no vídeo. Assim dá a sensação de que tudo pode ser gostoso e quentinho como aquele momento, ou então, se as coisas vão mal, traz a sensação de estarmos seguros em nossa união, amor e Calor Humano, até que tudo se transforme". (Cristina Giese)

Abraço cantado: Aquele abraço em que a energia presa se solta. Emite-se um gemidinho.

Abraço com balançinho: Gosta de vir junto com o abraço cantado. Se o abraço é o colinho versão "crescida", o balancinho seria o balancinho que acompanha o colinho tantas vezes... Não é relaxante?

Abraço de ladinho: Muito usado para comemorações, para que os "abraçadores-abraçados" possam olhar para um mesmo lugar ou ter mais liberdade para pular, dançar ou cantar enquanto se abraçam.

Abraço de olho aberto: Quando tememos algo à nossa volta, quando aquele abraço parece inconveniente. Mas quando olhamos para cima com alegria, é que estamos fazendo uma imagem maravilhosa daquele momento. Quando se olha perdidamente, é que o abraço está remetendo ao passado. Quando olhamos para baixo estamos evocando o sentimental com toda a força. Tende-se ao drama.

Abraço sem jeito: Um abraço dado em situação embaraçosa. Ocorre sempre que um ou os dois "abraçadores" não tem intimidade com o outro. É também um abraço que surpreende, e dependendo da situação pode ter mensagens muito variadas.

UPA! : terno abraço dado pelos pais em suas crianças, ou pelas crianças em seus pais. É um agarro firme e gostoso, seguido de uma respiração profunda e a expressão "UPA", que pode ser rapidinha ou comprida, acompanhando o tempo do abraço: "UUUUPPPAAAAA!!!!"

Sei que a crônica está grande, mas não posso deixar de destacar também o que os abraços podem significar para as pessoas. A fonte é do site Vila Mulher.

Proteção: O sentir-se protegido é importante para todos, mas é-o mais para as crianças e mais velhos, que frequentemente dependem do amor de quem os rodeia.

Segurança: Todos nós necessitamos de nos sentirmos seguros. Se não o conseguimos, atuamos de forma ineficaz e as nossas relações interpessoais declinam.

Confiança: A confiança faz-nos avançar quando o medo se impõe ao nosso desejo de participar com entusiasmo em algum desafio da vida.

Força: Quando transferimos a nossa energia com um abraço, as nossas próprias forças aumentam.

Saúde: O contato físico e o abraço partilham uma energia vital capaz de sanar ou aliviar enfermidades.

Auto-valorização: Através do abraço podemos transmitir uma mensagem de reconhecimento do valor e excelência de cada indivíduo.

Um abraço nos ajuda a substituir palavras que por algum motivo não conseguimos emitir. Quem já passou por isso sabe o que estou falando.

Dito isso vou parando por aqui, mas não sem antes lhe lembrar que não há nada que substitua o abraço de uma pessoa amada. Como diz aquela propaganda: Não tem preço!

Para encerrar um poema de autoria desconhecida denominado "Abraço Amigo".

Aproxime-se mais.

Tente sentir do que um abraço é capaz.

Quando bem apertado,

ele ampara tristezas,

sustenta lágrimas,

combate incertezas,

põe a nostalgia de lado.

É até capaz de amenizar o medo.

Se for cheio de ternura,

ele guarda segredos,

e jura cumplicidade.

Um abraço amigo de verdade

divide alegrias

e se apraz em comemorações.

Abraços são pequenas orações

de fé, de força e energia.

Olhe para o lado:

há sempre alguém que quer ser abraçado

e não tem coragem de dizer.

Enlace-o.

O pior que pode acontecer

é ganhar de volta um sorriso de carinho,

ou, quem sabe, uma palavra sincera.

Você vai descobrir que ninguém esta sozinho

e que a vida pode ser um eterno céu de Primavera.

Sinta-se abraçado!


sexta-feira, 13 de abril de 2012

Dançando tango na cozinha


Quando somos jovens qualquer coisa nos alegra. E comigo não foi exceção. Um belo dia estava em Muriqui quando durante uma conversa na cozinha da casa da minha tia, resolvemos – eu e minha tia Luiza, dançarmos um tango.
Nunca, nem eu nem ela, havíamos dançado alguma coisa, quanto mais um tango, mas partimos para a dança.
Antes de prosseguir na façanha, quero deixar claro que para dançar tango há a necessidade de ter uma preparação que leva anos. Há argentinos e uruguaios, de onde vem a dança, que passam anos e anos tentando, mas não passam de medíocres dançarinos.
Apenas para saberem a dança tem sua origem no século XIX, na região do Rio da Prata, nas cidades de Buenos Aires e Montevidéu. Inicialmente era dançado, em prostíbulos,  apenas por homens, daí o fato dos rostos virados, sem que o par se fite. Nos anos de 1910 chegou a Paris e a partir daí passou a ter uma dimensão mundial, incluindo as mulheres e chegou a sociedade como um todo.
Segundo a Wikipedia, o tango “mescla o drama, a paixão, a sexualidade, a agressividade, é sempre e totalmente triste”. 
Bem depois disso tudo escrito você deve estar se perguntando o que tem a história do tango com a minha dança com minha tia na cozinha de uma casa de Muriqui. A resposta é “em quase nada”.
A diferença é que dançarinos profissionais e até mesmo amadores não caem. Como não éramos um nem outro imaginem como acabou a dança...
Bons tempos estes!

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Vendo estrelas...



           Um dia desses voltando para casa parei e dei uma olhada para o céu. Buscava ver as estrelas. Para você que me lê pode parecer estranho um cara com quase 60 anos parar seu carro para ver estrelas e detalhe sozinho.

Pois é, mas não é tão estranho assim. Desde a primeira vez que vi estrelas no céu, me apaixonei por elas e as vezes quando quero uma maior intimidade para falar com o meu Deus faço isso. É um bom momento para refletir. Uma intimidade total.

Tudo começou quando criança minha mãe costumava me mostrá-las fazendo alusão as “Três Marias” e ao "Cruzeiro do Sul". As vezes até não enxergava, mas para não decepcionar minha mãe dizia estar vendo.

Isso me foi criando um hábito que jamais revelei nem mesmo as minhas namoradas e a minha esposa. Afinal embora fosse romântico havia outras formas de mostrar este romantismo.

Mas, afinal porque as estrelas nos atraem tanto? Qual este “poder” que elas têm para fazer com que pessoas fiquem a apreciando horas a fio e saiam com realizadas desta façanha?

Antoine de Saint-Exupéry afirmou uma vez: "Se tu amas uma flor que se acha numa estrela, é doce, de noite, olhar o céu. Todas as estrelas estão floridas.”.

Será só isso mesmo? Uma jornalista disse que nas estrelas ela consegue vê-las como exemplo de doação espontânea já que elas nascem e morrem apenas para, na opinião dela, “abrilhantar o céu”.

Tive um amigo fotógrafo, com quem trabalhei em São Paulo, que adorava passar várias madrugadas fotografando as estrelas, a lua e o nascer do sol. Quantas vezes ele me ligava logo cedo para dar noticia de que havia feito “aquela foto”.

Lembro-me de duas ocasiões em que pude apreciar muito estes astros celestiais. A primeira foi quando voltava de Sorocaba ou Itu, não me lembro bem, e em um determinado trecho da Rodovia Castelo Branco as pessoas que estavam no carro comigo puderam parar e apreciá-las em sua totalidade. Lindas, brilhavam que nem diamantes. Dava para ver sua luz mesmo estando próximos da cidade de São Paulo.

A outra foi, já em Volta Redonda, quando retornava de Amparo, distrito de Barra Mansa, para minha casa e a luz da lua junto com as estrelas era tão forte que me permitiu apagar, por alguns segundos, os faróis do carro e guiar-me tendo ela por base. Foi um momento único que pude compartilhar com minha esposa e com minha filha Luciana.

Voltando ao início desta crônica um detalhe: embora tivesse parado para ver as estrelas, vem agora uma triste notícia: a poluição em Volta Redonda era tanta que fiquei apenas na vontade. Mas, valeu! Afinal gerou esta crônica.

E para encerrar um poema de Guilherme de Almeida

“Olho a noite pela
vidraça. Um beijo, que passa
acende uma estrela”.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Aceitando o desafio e falando do presente


Minha esposa me fez um desafio: parar de falar do passado e falar do presente. Falar das coisas atuais que acontecem em minha vida, na nossa vida e na vida de todos nós.
Quero, porém, deixar claro que ela não quer que eu pare de falar do passado, mas que fale também do presente.

Como preservo muito meu casamento, afinal são mais de 30 anos, iniciados em uma excursão feita pela Soletur, que já até quebrou,  para o sul do país e que culminou em um namoro, noivado, casamento, três filhos, bodas de prata, duas netas, um genro e vários passarinhos, cachorros, galinhas e outros bichos, não posso negar este pedido dela.

Falar do presente pode parecer fácil para algumas pessoas, mas para mim reconheço que não é tão simples assim.

Afinal concorro com mais de 1 milhão de jornais, blogs e outros meios de comunicação que possuem equipes muito maior que a minha – que é composta por mim apenas, e também como uma maior visibilidade do que a do meu blog.

Além disso, falar do presente é para mim é ter que retratar um mundo que não escolhi viver e que não gosto. Um mundo cheio de violência, poluição, desconfiança, deslealdade, corrupção, inimizade e outros defeitos mais.

Fui criado crendo que as pessoas são aquilo que mostram ser, mas nesse mundo globalizado que vivemos hoje isso é que menos acontece.

A TV Record estreou na terça uma novela cujo tema é Máscaras e em sua coletiva o seu autor Lauro Cesar Muniz afirmou uma grande verdade: “hoje vivemos que nem um carnaval em Veneza: cheio de máscaras”.

Se quiser discordar pode fazê-lo e até aceito, mas isso é real! E pior acontece em todos os lugares, santos ou não. E ainda por cima está virando uma constante, uma defesa que as pessoas criam para poderem sobreviver neste mundo globalizado em que vivemos e que valores como amizade, amor, carinho, inocência, honestidade, LEALDADE, são deixados de lado por outros que prefiro não falar os nomes.

Quando volto ao passado, além de poder me lembrar de fatos que foram de grande importância para a minha vida, posso quem sabe alertar as pessoas para fatores que hoje não mais existem como a benignidade, inocência, companheirismo, felicidade, amizade e muitos outros.  

E pelo visto não é de hoje que este tema é presente na comunidade. Willian Shakespeare, um dos maiores escritores que já tivemos afirmava:  "Se quisesses saber como vivem os peixes no mar, é como os homens na terra: os grandes comem aos pequenos. 

E o próprio Willian – permita-me a intimidade, dava um conselho para aqueles que tinham amigos: "Guarda teu amigo sob a chave de tua própria vida."

Viver no mundo de hoje está cada vez mais cinza e creio ser este o nosso destino. Uma sociedade imensa, com milhões e milhões de pessoas, porém que vivem em uma grande solidão. Sem amigos, colegas, companheiros. 

Apenas parceiros de momentos vivendo não uma solidão física, mas uma solidão espiritual que fará com que os índices de doenças como a depressão aflorem e cresçam ainda mais.

Não quero este mundo para mim e nem para os meus e por isso pretendo lutar com as armas que tenho – meu PC e meu teclado, contra isso.

Para encerrar mais um desabafo. Uma pessoa, que trabalha comigo, acaba de passar por mim e nem se despediu. Nem de mim, nem dos demais colegas. Nem um boa noite. 

Este não é mesmo o mundo que quero para mim!

terça-feira, 10 de abril de 2012

Fumo proibido, Aleluia!


Acabo de ler no site do Jornal do Brasil uma noticia que me deixou ainda mais cheio de esperança de um dia meus netos ou meus bisnetos poderem respirar um ar ainda melhor: um projeto de lei da Câmara Municipal de São Paulo de autoria do vereador Ricardo Teixeira (PV), - nada a ver com o seu homônimo que por anos comandou o futebol no Brasil, que quer banir o fumo de parques, praças e locais públicos ou privados onde haja predominância de atividades físicas esportivas e de lazer, como caminhadas ou passeios.

Se isso acontecer tomara que não fique apenas em São Paulo, mas se espalhe por todo o Brasil. Afinal não tem nada pior do que você que não é fumante, ou ex-fumante como é o meu caso, ir a um lugar e ser incomodado com aquela “fumacinha” mal cheirosa.

Ninguém merece! Afinal se o cigarro fizesse bem não haveria tantas leis restringindo o seu uso. Quer saber sobre os males do cigarro procure um hospital. Vai encontrar uma série de histórias que mostram o que esta droga pode causar na vida das pessoas.

Mas, deixando de lado a questão médica, afinal o que é uma droga que segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados Unidos, reduz a vida dos fumantes americanos e mata 420.000 americanos por ano? Deve parecer pouca para as autoridades que tremem cada vez que um projeto desse tipo aparece. Afinal se a venda de cigarros cai, caem também os impostos que alimentam o caixa do governo federal.

As nossas autoridades sabem, mas ignoram não se sabe por que (sic) que se proibissem o fumo no Brasil à arrecadação cairia sim, mas as despesas com internações cairiam ainda mais. Eles sabem, mas fingem não saber.

Finalizando, parabéns a este vereador. Que os seus pares se somam a ele nesta luta e que o prefeito de São Paulo, não vete o projeto.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Um cara especial – Parte 1



Tive um tio com o nome de Alfeu. Alfeu Marques Neto. Ele era casado com minha tia Ana, irmã de minha mãe e posso dizer que fatos da minha vida sempre estiveram ligados a ele.

Tio Alfeu para quem não conheceu era o exemplo do homem calmo. Raramente o vi nervoso, estressado, preocupado. Adorava fazer caminhadas e tinha o hábito de chamar a todos pelo nome completo. Nada de Nando ou de Fernando. Era sempre Fernando José. E com meus primos a mesma coisa. Nada de Marco. Era Marco Antonio. Nada de Nonô, era Luiz Gustavo. Minha prima Cristina, que era chamada por todos de IL, não tinha esta chance com ele: era Maria Cristina. João era sempre João Luiz. Lu, era sempre Luis Ernesto. Com as filhas, entao! Nada de Rosa ou Tereza. Era sempre Rosa Beatriz e Tereza Isabel. E assim ia.

Tio Alfeu era tão figura que conseguiu por anos enganar a todos na família, principalmente as filhas, ao chamar minha tia Ana, de Ana Maria. Na realidade minha tia chamava Ana, mas nunca teve Maria no nome. 

Por muitos anos acreditei que o nome dela era esse e suas filhas, minhas primas Rosa Beatriz e Tereza Isabel também. E querem saber. Acho que meus tios, irmãos da minha tia, também criam nisso.

Com ele vivi varias histórias algumas que vou relatar aqui, mas para começar não posso deixar de contar a que vivi quando tinha algo em torno de 11 ou 12 anos.

Eu tinha ido passar as férias no Rio e voltava para minha casa, em Volta Redonda, com ele, minha avó Marocas, minhas duas primas e minha tia. Ou seja, três adultos e três pré-adolescentes em fusquinha ano 64 (parecido com o da foto acima), se não há engano. Uma lata de sardinha, para dizer a verdade.

Antes de prosseguir e bom ressaltar que andar com tio Alfeu de carro era exercício de paciência. Podíamos dizer que ele estava mais para Rubens Barrichello do que para Airton Senna. Não tinha pressa e ainda por cima tinha minha tia como "co-piloto" que vivia gritando: “Alfeu, olha o carro! Olha o carro, Alfeu”. Era assim a viagem toda. O que poderia parecer ser chato era ótimo.

Mas, voltando ao que falava acima, vínhamos para Volta Redonda, quando logo depois de passarmos a Serra das Araras, próximo onde hoje está o restaurante Dominante, meu tio avista uma senhora com cerca de quatro filhos, malas e outras coisas mais.

Sem pensar e, para surpresa nossa, pára o carro e da janela chama a mulher.

A pobre coitada toda feliz da vida por ter, achava ela, conseguido carona, pega as malas, os filhos, despede-se dos parentes e corre em direção ao carro.

Quando chega perto da porta do meu tio, este, na maior calma, busca no guarda-volume umas balas e na maior simplicidade e sem nenhuma sacanagem, abre a janela e fala:

- Toma dona. Uma bala para senhora e mais algumas para os seus filhos.

Dito isso, deu adeus para a mulher e “arrancou” com o carro.

No carro depois do susto, risadas geral e uma bronca imensa da minha tia. Mas, fazer o quê.

A mulher deve estar lá até hoje xingando meu tio.

Este era o meu tio Alfeu...

domingo, 8 de abril de 2012

Jejum da fofoca






Acabei de ler no site do Jornal Mundo Gospel uma notícia que me deixou com as esperanças renovadas no ser humano. Na cidade de Catalão, a 249 km de Goiânia, no sul de Goiás, uma moradora resolveu fazer o que chama de jejum de língua. A produtora cultural Gláucia Evangelista resolveu ficar sem falar mal das pessoas durante 40 dias.
Que coisa maravilhosa! Já imaginaram se a moda pega?
O que seria das comadres, das fofoqueiras de plantão? Será que sobreviveriam?
Não sei as respostas as perguntas acima, mas que seria bom, ah isso seria!
Tenho um amigo que quando namorava uma moça, lá pela década de 70, tinha sempre a companhia, pela janela é claro, de uma vizinha desta moça que preferia ficar nas frestas das janelas vendo e tentando ouvir o que o casal fazia e dizia, a ver a sua novela ou mesmo a buscar um companheiro. Era um sufoco, segundo ele, namorar com a "espiã" na cola. Nem a mãe da moça se preocupava tanto quanto a fofoqueira de plantão, que acabou solteirona.
Tenho outro que sempre que chegava à cidade onde morava sua namorada, era, primeiramente, recepcionado pelas “vigias de frestas” como eram chamadas. Não foi uma nem duas vezes que ele as ouvia na janela comentando sobre a sua chegada. Eram as conhecidas comadres. Já faziam parte da tradição!
Casos de fofocas existem vários. E vão continuar existindo enquanto o mundo for mundo. Afinal, a origem deste hábito, de se meter e falar da vida alheia, vem, segundo o site História do Mundo, do tempo das cavernas. Naquela época, os homens da pré-história buscavam informações acerca da vida de outras pessoas para saber de suas fraquezas, seus medos, o que sabiam fazer, seus desejos e outros.
Como não existia ainda a escrita as informações eram passadas oralmente. A fofoca então passou a fazer parte não só da vida social, mas também da parte política, onde foi usada para desmoralizar os monarcas, e da história da humanidade, onde uma informação errada poderia mudar toda a trajetória da história.
Como vocês puderam saber a fofoca é velha, mas nada impede as (os) fofoqueiras (os) façam que nem a Glaucia e partam também para um jejum que pode ser não de 40 dias, mas de 365, 730. 1095 dias e ai vai.
Que tal a idéia?

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Feriado religioso para quem?



Acabo de ler uma notícia de que um grupo, não sei de quantas pessoas, pretende entrar na justiça para que seja obrigado a retirada de qualquer imagem que possa estar ligada a uma religião dos prédios públicos porque em nossa Constituição Federal está escrito que somos um país laico.
Quero deixar bem claro que não sou a favor desta medida, muito pelo contrário, embora para mim o meu Jesus, aquele que morreu na cruz pela minha vida e pela sua, não está representado em nenhuma cruz ou imagem. Ele ressuscitou dos mortos e vive presente em mim através do Espírito Santo, que habita em mim e espero em ti.
Mas, como cronista que acho que sou não posso deixar de comentar que não vi nenhum grupo, ONG ou deputado entrando na justiça para acabar com os feriados religiosos. Hoje, escrevo na sexta,  dia 6, considerada santa pela Igreja Católica, foi feriado. No próximo dia 23, teremos aqui no Rio, mas um feriado consagrado, segundo a lei que o criou, a São Jorge, santo da Igreja Católica e venerado em diversos cultos das religiões afro-brasileiras como Ogun.
E é aí que quero chegar porque existir esta quantidade de feriados? Pergunte a um comerciante ou mesmo a um comerciário o que representam esta quantidade de feriados.
Hoje me senti vilipendiado nos meus direitos quando quis ir ver um filme no shopping e este estava fechado por ser feriado religioso. Ora, que eu tenho que ver com isso? Porque sou obrigado a cultuar algo que não creio?  Porque um país inteiro para em função de um ato religioso, não bíblico? Até mesmo o Jornal Nacional dedicou um bloco inteiro para isso.
O Brasil já foi o maior país católico depois da Itália, mas hoje a realidade é outra e isso precisa ser revisto.
Quando o presidente Sarney, creio eu, tentou colocar os feriados para caírem apenas nas segundas ou sexta, a Igreja Católica, por quem tenho o maior respeito, criou o maior caso e a lei foi suprimida. Era até melhor que hoje, porque quem trabalha sabe muito bem o que é ter um feriado no meio da semana. Nada rende, a produtividade cai, o empenho não é o mesmo e as emendas, ah! as emendas...
Por isso deixo ai um desafio para estes grupos. Busquem também acabar com os feriados religiosos, com aqueles dedicados a um santo ou a uma entidade. Se fizerem isso já podem contar com meu apoio.
Para encerrar quero deixar bem claro a todos que me lêem que nada tenho contra os católicos que comemoram dentro de sua fé este feriado. É um direito deles, que respeito!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Lembranças pascais



Daqui a alguns dias estaremos comemorando mais uma Páscoa. Lembro-me até hoje como eram estas comemorações na casa dos meus pais. Todo domingo de Páscoa, acordava e saia à procura dos ovos que o “coelhinho havia deixado”.
No meu tempo não havia este negócio de se escolher ovo disso ou ovo daquilo. Aliás, nem havia estes ovos de marca, de grife, como encontramos hoje.
Não me lembro como os meus ovos vinham, de que marca eram, mas sei que ganhava bastante deles. Afinal tinha o dos meus pais, o da minha avó Marocas, da minha Tia e do meu tio Nanai e Dó e tinha claro.. da Dó.
Apenas um intervalo para explicações. Na minha vida tenho duas pessoas com o mesmo apelido: Dó. Um foi um dos homens mais importantes na minha vida. Que me ajudou a ser o que sou hoje. Um tio emprestado, porque era casado com minha tia, chamado Fernando,  mas por quem tinha um carinho e hoje tenho uma gratidão imensa. A outra Dó, da minha vida, que se chama Diva, é a secretaria que acompanha meus pais a mais de 55 anos. Ajudou a me criar e a minha irmã e até hoje está lá. Brava, de vez em quando, mas sempre amorosa. Posso dizer e peço perdão aos radicais que a considero minha segunda mãe, minha “mãe morena”. Ia dizer preta, mas sei lá...
Mas, voltando a questão dos ovos de páscoa, hoje tudo está diferente. Não há mais aquela expectativa que havia antes.
Para este ano minhas netas pediram um de Rebeldes, que não achei e um outro da Rapunzel que o Inmetro mandou retirar das lojas. Não vão ganhar nenhum dos dois. Qual vai ser não vou revelar aqui quais serão, até mesmo porque elas podem ler, e eu quero fazer surpresa e suspense, mas será legal.
Já minhas filhas gostam de escolher e normalmente a escolha delas não bate com a minha. Não sei porque...$$$, mas este ano terão ovos bem saborosos. Isso eu posso garantir.
Quero deixar claro que não sou a favor de enganar as crianças com a história do coelhinho que põem ovos. Até mesmo porque isso é impossível nos dias de hoje, mas não posso deixar de reconhecer que adoro ver a carinha delas tanto quando estão na expectativa do presente, como quando o encontram. Não há felicidade maior, do que ver uma pessoa feliz.
E assim eram as minhas páscoas quando crianças: felizes, recheadas de felicidade.
E isso que eu desejo a você que me lê: muita felicidade, muita paz e muito amor.

terça-feira, 20 de março de 2012

Xixi na Rua: um gesto que pode ter conseqüências


Era um sábado e resolvi dar um pulo na feira para conversar com um amigo que tem uma barraca e também para comprar um bom queijo de Minas. Não sou mineiro, mas não dispenso nada que venha desta terra tão abençoada que é as Gerais, especialmente um bom queijo.

Mas voltando, o local da feira não tem muito lugar para estacionar e por isso necessitei deixar meu carro há uma quadra por onde deveria “entrar” na feira. Não sei se na sua cidade a feira tem entrada, mas aqui vou tem uma espécie de entradas. Coisa do interior!

Ao sair do carro, reparei que na minha frente estava um casal com um garoto de mais ou menos 8 anos. Se tanto! Continuei caminhando quando ouvi o garoto pedir a mãe para ir ao banheiro porque precisava fazer xixi. A mãe não pensou duas vezes: mandou ele colocar o “pintinho” para fora e fizesse no poste.
Fiquei pensando sobre aquele ato. O que pode ser considerado certo agora será errado e poderá dar até prisão se este garoto quando rapaz ou homem feito, resolver repetir o gesto autorizado pela sua dedicada mãe.

No último carnaval a prefeitura do Rio revelou que foi muito alto o numero de foliões autuados por fazerem xixi na rua. Foram quase mil homens, em sua maioria, adultos. Fiquei pensando quantos destes foliões não tiveram um dia uma mãe que o mandou urinar no posto. Eu mesmo já passei por isso, mas não faço isso hoje, deixo bem claro.

Fica ai um recado as mamães e papais: cuidados com as atitudes que vocês tomam com as suas crianças. Nem sempre aquilo que achamos ser bonitinho é certo e caso não haja uma correção corremos o risco de estas crianças sofrerem no futuro.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Como o poder transforma...


“O poder é igual às ondas do mar. Vem e vão!”

Um dia desses estava na minha igreja cultuando a Deus, quando o pastor começou a falar sobre poder. Não só este poder mesquinho, totalitário, vergonhoso que algumas pessoas acham ter só porque estão hierarquicamente em uma posição superior a outras pessoas.
Pior do que estas pessoas são aquelas que não tem poder algum, mas por gravitarem próximos as que têm, se acham no direito de usufruir desse poder.
Li uma vez um ditado que dizia: “De o poder a uma pessoa e você conhecerá esta pessoa”. E não é que a pura verdade.
Como o poder pode modificar tanto uma pessoa. Há casos e mais casos de pessoas que perderam tudo que tinham, e para o qual não davam valor, em troca do poder.
Mas o poder de quê? O que será que estas pessoas que gostam do poder sentem quando usam ou abusam disso? Será que tem orgasmos por causa disso? Eu, por exemplo, quando ajudo uma pessoa, busco o bem dela, sinto-me feliz e realizado. Será que estas pessoas sentem iguais a mim?
Conheci um engenheiro na década de 80 que era uma pessoa altamente comunicativa, colega, divertida, brincalhona, gente boa demais! Um dia tudo isso foi para a lixeira. Ele alçou a posição de coordenador de uma das áreas da empresa para qual trabalhava e tudo, mas tudo, mesmo mudou.
Aquele rapaz que chegava dava bom dia, brincava com as pessoas, aconselhava os que precisavam de um conselho, era dono de um sorriso para lá de especial, sumiu, desapareceu.
Deu lugar a uma pessoa amargurada, rude, de mal com a vida, desagradável, prepotente, grosso, e quantos outros adjetivos fossem aqui colocados, ele seria.
Ele mudou ou o poder mudou ele? A minha conclusão foi que foram as duas coisas. Ele se deixou mudar pelo poder.
E prejudicou muitas pessoas. Mas tantas que quando foi demitido, e demitido no meio da sala, houve uma salva de palmas para comemorar.
Saiu da empresa humilhado, sem um colega para lhe dizer “boa sorte”. Foi deprimente, mas cá entre nós merecido.
Tenho pena das pessoas que buscam este poder do homem para si. Que buscam ser o que não são e, na maioria das vezes, não estão preparados para ser. Que buscam compensar suas frustrações na vida prejudicando os demais. E agora vem o pior: se acham maior ou igual a Deus!

Será que esquecem que o poder tem fim!. Ainda mais aquele que extraído de quem o tem, para usar contra quem deseja?
Para mim só há uma resposta e está no início deste artigo: a falta do poder de Deus na vida delas. Algumas podem até achar que tem, mas na realidade...
Espero, sinceramente, que você que está acabando de me ler não se encaixe no que falei aqui. Ou melhor, que se encaixe sim, mas naqueles que fazem “o bem, sem se olhar a quem”. 

domingo, 11 de março de 2012

Vizinhos são bênçãos? Nem sempre...


Durante toda minha vida lembro-me de ter ao meu lado vizinhos. Foi assim quando ainda criança morava em Copacabana, no Rio e havia o Elias, o Marcelo e mais uma turma que reconheço não lembro seus nomes. Quando mudei para Volta Redonda mais vizinhos vieram fazer parte da minha vida: Norinha, Tetê, Marco, Alexandre, Celso, Caco, Tico e muitos outros. Tinha o Dr. Célio, dona Neide, Seu Samuel, Seu Emanuel, tinha a Maria, a mãe dela, o pai Natalino, tinha dona Clarinha que por tantas vezes me emprestou seu telefone, tinha dona Bergoncil e por aí vai;
Ao voltar para o Rio convivi por quase quatro anos sem saber quem eram meus vizinhos. Morava na casa de minha tia, mas sai muito cedo, voltava muito tarde e aos fins de semana me mandava para casa dos meus pais. Por isso não me lembro da vizinhança.
Ao casar tive e ainda tenho bons vizinhos. Carmelina, Ademir, Seu João, Ricardo e Simone Santos, Neusa, Romilda, são algumas destas pessoas que passaram pela minha vida e que sempre terão um lugar na história da minha vida.
Mas será que ter vizinho é bom ou ruim? Vale à pena ou não vale? Estas são algumas perguntas que todos sem exceção se fazem. Afinal é melhor viver com ou sem eles?
Conheço famílias que por muitos anos tem mais afinidades com seus vizinhos do que seus próprios parentes. São amizades antigas que são passadas de geração a geração e que por muitas vezes originam até em casamento.
Quem mora ou morou em vila ou cidade pequena sabe bem do estamos falando..

Ter vizinho é uma benção? É pode ser, mas também pode ser um castigo. Não é nada fácil convivermos em comunidade, principalmente quando algumas pessoas não sabem onde começa e onde termina o seu direito e o do outro.
Um amigo me ligou hoje pela manhã para aquele papo de domingo, e me contou a história de um vizinho seu que é incapaz de dar um bom dia para qualquer de seus vizinhos. Só chega mesmo para reclamar das brincadeiras das crianças, do cachorro que late muito, do galo que canta, do sol, da chuva, do mormaço, do churrasco para o qual ele não foi chamado e cuja fumaça – segundo ele, lhe faz mal. Ou seja, aquele vizinho mala. E sem alça!
Este amigo ainda acrescenta que este vizinho que vive reclamando de tudo e de todos, não pensa duas vezes em exceder seus domínios para além dos seus muros. Dia de festa na casa dele todos os vizinhos ficam sabendo. Afinal os seus amigos param seus carros em frente a todas as casas como se donos dela fossem, a música fica alta até a horas que ele deseja, nesse dia a fumaça do seu churrasco não atrapalha ninguém, etc..
Ter vizinho não é mesmo fácil! Como já disse sempre tive bons vizinhos. Hoje também não posso reclamar, mas já passei por situações para lá de constrangedoras graças a vizinhos. E não foram poucas. Havia um que se achava DJ e colocava o seu som nas alturas até altas horas da madrugada. Havia uma senhora cuja principal distração para a sua vida era saber da vida dos outros. Se quisesse saber alguma coisa sobre os outros era só encostar no seu portão que lá vinha ela com as noticias “na ponta da língua”.
Ter vizinhos não é fácil, mas viver sem eles deve ser horrível. Imagine você morando em um local isolado, sem ninguém. E se precisar de alguma coisa, de uma colher de açúcar, de uma panela de pressão se a sua parar de funcionar, de um gole de café porque seu pó acabou, de um papo amigo, de um carinho... Isso, você só vai conseguir com seu vizinho.
Portanto, pesando os dois lados, ter vizinho é uma benção, mas que dependendo do caso Deus pode dar uma melhorada, ah, se pode!
Para encerrar segue abaixo alguns tipos de vizinhos. Vê se alguns deles se encaixam aos seus... Esta relação foi pesquisada no site minilua.com
1 – Donos da rua: Agem de maneira despótica, impedindo que os demais moradores possam se divertir. Na sua visão, tudo é visto como errado, do joguinho de futebol na rua, passando pelas brincadeiras das crianças, estacionam seus carros em qualquer lugar e os outros que se danem.
2 - Baladeiros: Não sentem o menor respeito pelos demais. Em alguns casos, por exemplo, são capazes de ligar o volume do som no máximo, tudo é claro, para chamar a atenção.
3 - Carentes: Vivem tocando sua campainha ou interfone. Pedem de tudo, água, feijão, arroz, macarrão…
4 - Paranóicos: Acredita que todos estão contra ele. Temendo represálias, investe maciçamente em segurança, colocando em casa, alarmes, cadeados ou cercas eletrificadas.
5 - Fofoqueiros: Sim, caro leitor, não são apenas as fofoqueiras que dão trabalho. Aliás, como confiar em alguém, que pode, em questão de minutos, espalhar um assunto sigiloso para o bairro todo?
6 - Xavequeiros: Não perdem uma, literalmente. Adoram xavecar as mulheres da rua ou do bairro. Por eles, são realizadas diversas cantadas, das mais tradicionais, passando pelas mais ofensivas.
7 - Malas: Não aceitam um “não” como resposta. Tudo deverá ocorrer ao seu modo. Com um vizinho assim, pobre de ti, por exemplo, se você recusar um passeio, viagem ou churrasco em sua residência.
8 - Tranqüilos: Estes sim, já em estado de extinção. Um vizinho tranqüilo é aquele calmo, sereno, e que jamais irá te recriminar por suas crenças ou condição financeira.
9 – Participantes: Não podem ver uma festa ou mesmo uma pequena reunião que vão se aproximando e quando você já estão presentes comendo e bebendo.
10 – Fantasminha: É aquele que você sabe que existe, sabe onde mora, mas nunca o vê.
11 – Curioso: É aquele vizinho chato que todos os dias lhe pergunta para onde vai e com quem vai?

Crédito das fotos: olhares.com e Google