quarta-feira, 11 de abril de 2012

Aceitando o desafio e falando do presente


Minha esposa me fez um desafio: parar de falar do passado e falar do presente. Falar das coisas atuais que acontecem em minha vida, na nossa vida e na vida de todos nós.
Quero, porém, deixar claro que ela não quer que eu pare de falar do passado, mas que fale também do presente.

Como preservo muito meu casamento, afinal são mais de 30 anos, iniciados em uma excursão feita pela Soletur, que já até quebrou,  para o sul do país e que culminou em um namoro, noivado, casamento, três filhos, bodas de prata, duas netas, um genro e vários passarinhos, cachorros, galinhas e outros bichos, não posso negar este pedido dela.

Falar do presente pode parecer fácil para algumas pessoas, mas para mim reconheço que não é tão simples assim.

Afinal concorro com mais de 1 milhão de jornais, blogs e outros meios de comunicação que possuem equipes muito maior que a minha – que é composta por mim apenas, e também como uma maior visibilidade do que a do meu blog.

Além disso, falar do presente é para mim é ter que retratar um mundo que não escolhi viver e que não gosto. Um mundo cheio de violência, poluição, desconfiança, deslealdade, corrupção, inimizade e outros defeitos mais.

Fui criado crendo que as pessoas são aquilo que mostram ser, mas nesse mundo globalizado que vivemos hoje isso é que menos acontece.

A TV Record estreou na terça uma novela cujo tema é Máscaras e em sua coletiva o seu autor Lauro Cesar Muniz afirmou uma grande verdade: “hoje vivemos que nem um carnaval em Veneza: cheio de máscaras”.

Se quiser discordar pode fazê-lo e até aceito, mas isso é real! E pior acontece em todos os lugares, santos ou não. E ainda por cima está virando uma constante, uma defesa que as pessoas criam para poderem sobreviver neste mundo globalizado em que vivemos e que valores como amizade, amor, carinho, inocência, honestidade, LEALDADE, são deixados de lado por outros que prefiro não falar os nomes.

Quando volto ao passado, além de poder me lembrar de fatos que foram de grande importância para a minha vida, posso quem sabe alertar as pessoas para fatores que hoje não mais existem como a benignidade, inocência, companheirismo, felicidade, amizade e muitos outros.  

E pelo visto não é de hoje que este tema é presente na comunidade. Willian Shakespeare, um dos maiores escritores que já tivemos afirmava:  "Se quisesses saber como vivem os peixes no mar, é como os homens na terra: os grandes comem aos pequenos. 

E o próprio Willian – permita-me a intimidade, dava um conselho para aqueles que tinham amigos: "Guarda teu amigo sob a chave de tua própria vida."

Viver no mundo de hoje está cada vez mais cinza e creio ser este o nosso destino. Uma sociedade imensa, com milhões e milhões de pessoas, porém que vivem em uma grande solidão. Sem amigos, colegas, companheiros. 

Apenas parceiros de momentos vivendo não uma solidão física, mas uma solidão espiritual que fará com que os índices de doenças como a depressão aflorem e cresçam ainda mais.

Não quero este mundo para mim e nem para os meus e por isso pretendo lutar com as armas que tenho – meu PC e meu teclado, contra isso.

Para encerrar mais um desabafo. Uma pessoa, que trabalha comigo, acaba de passar por mim e nem se despediu. Nem de mim, nem dos demais colegas. Nem um boa noite. 

Este não é mesmo o mundo que quero para mim!

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