terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Este carro fez parte da minha vida



Acabo de ver no Facebook que o meu amigo Renato Justino, um dos maiores produtores de conteúdo radiofônico que a região sul-fluminense já teve, postou fotos de carros antigos entre os quais um DKV.
Para quem não sabe o que foi um DKV uma pequena história sobre este carro que esteve presente em momentos felizes da minha vida. Antes, porém da história, permita-me lembrar destes momentos.
Um deles foi quando ainda morava no Rio, idos de 1964-1966, e a água do prédio onde morávamos acabou e lá fomos nós eu, Marcelo, Katia, Elias e os pais do Marcelo tomar banho em uma cachoeira que existia – ou existe até hoje, sei lá!, no Parque da Cidade.
Foi um final de tarde para lá de divertido. Seu Paulo, pai do Marcelo, era um alemão bravo para caramba, mas naquele dia estava solto, leve. Brincou muito com todos nós, rolando barranco abaixo – os barrancos eram gramados e por isso dava para fazer isso sem se machucar. Dona Celina, mãe do Marcelo e também da Kátia, ficava mais preocupada com o que poderia acontecer.
Foram momentos inesquecíveis que já tem mais de... ah, deixa para lá quantos anos têm! O fato é que se isso aconteceu foi graças a um DKV-Vemag azul que nos levou de Copacabana ao Parque da Cidade.
Anos mais tarde, já em Volta Redonda, o pai de um grande amigo meu, Cícero José de Souza, o seu Albejo também tinha um, igual a este da foto. Não me lembro de grandes momentos com este carro, mas está na minha lembrança.
Agora falando sobre o DKV, seus primeiros carros foram produzidos aqui no Brasil de 1956 a 1967. Eram de propriedade de uma montadora alemã – Audi, que tinha o comando acionário da Volkswagen.
Foi este carrinho, que em alguns modelos era de 5 portas, que deu origem ao Puma.
Só isso!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Bons tempos aqueles...




Alguns amigos dizem que sou saudosistas. E não é que eles estão certos.Sou mesmo, embora ame viver o que vivo hoje, mas nunca se esquecendo daquilo que vive ontem.
E sabem por que faço isso? Porque quando me vejo triste, decepcionado com a vida atual, tenho lembranças que me possibilitam dar um tempo no presente, voltar ao passado para reerguer forças para enfrentar o que tem de ser enfrentado. Sou assim é acho isso super legal.
Afinal não há presente e nem haverá futuro senão tivermos tido um passado. E eu tive este passado.
Um passado recheado de grandes lembranças. De banhos de mangueira, corridas, piques, brigas, amores, pular amarelinha, almoços em família, brigas em família, cavalgadas, jogos de botão, férias em Lambari, idas a Cruzeiro, andar de litorina e no “trem de aço”, dos bolos de aniversário e do angu à baiana feitos, ambos, pela querida Tia Ethel, de brincar na rua, tomar banho de chuva, banho de lama, de minha mãe cantando Ataulfo Alves, de minha tia “acertando” o bolo, das minhas idas ao estádio de Álvaro Chaves para ver Samarone, Flavio, Lula e Denílson treinarem no Flu, de andar em cima de um cavalo na chuva.do nascimento da minha primeira filha, do segundo filho também – que Deus levou de volta e da minha ultima filha.
Saudades do Marquinho de Lambari, do Marquinho de Volta Redonda, do Joãozinho de Cruzeiro, das irmãs do Joãozinho, do Marcelo, do Elias, Luis Claudio, Getúlio e Arnaldo; da Tia Fernanda – minha primeira professora no Santa Filomena, da Nanai, do Dó, da minha vô Marocas, do Celso, Caco, Alexandre. Do Cícero José de Souza, hoje um veterinário e quem souber noticias dele, por favor, me passe. Saudades do seu Albejo, da dona Carmelina, do Álvaro, do Padre Gregório. Ah, saudades...
Ficaria aqui ainda por mais tempo lembrando-me de fatos e pessoas que foram e ainda são tão importante para a minha vida.  
Lembranças de uma vida que não volta mais. De um tempo para o qual poderei voltar, mas do qual não esqueço. Afinal sem ter vivido o que vivi não seria hoje a pessoa que sou hoje.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Somos gnus ou leões?



Antes de qualquer coisa quero deixar bem claro que sou fã de programas que apresentam vídeos de animais. E sempre que posso paro em frente à televisão, para desespero de minha esposa, e ligo no Animal Planet.
Um dia desses fiquei observando uma cena na qual um grupo de quatro leoas atacava um gnu que estava em um bando de mais de mil animais da mesma espécie.
Vendo aquilo fiquei pensando: se os gnus reagissem, se juntassem não seria diferente?
Mas antes de prosseguir vamos explicar o que é um gnu. Ele é segundo a Wikipedia um "grande mamífero ungulado do gênero Connochaetes, que inclui duas espécies, ambas nativas do continente africano. Também é conhecido como boi-cavalo e comoguelengue. Os gnus pertencem à família dos bovídeos (Bovidae), que inclui bovinos, caprinos, antilopes,  bubalinos e outros mamíferos ungulados. Podem correr até 80 km/h para fugir dos predadores, porém embora vivendo em grandes e numerosas manadas são presas fáceis para seus predadores como os leões, guepardos, leopardos e outros felinos”.
Explicado o que é um gnu gostaria de explicar que usando de astúcia os felinos emboscam este animal e o ataca. O mais impressionante é que apesar de verem seus semelhantes  sendo atacados, os outros gnus nada fazem e deixam que ele seja atacado, morto e devorado sem tomar nenhuma reação. Impassíveis, como se não fossem com ele.
Posto isso fico pensando se esta não é a realidade do nosso país em que ser corrupto virou regra, no qual autoridades peitam policiais por causa da prisão de seus “amigos”, em que cargo publico significa dinheiro fácil e outras coisas mais.
Não estaremos nós – população – sendo os gnus da história enquanto esta minoria vira os felinos?
Até quando vamos nos comportar como “animais que ficam esperando o abate” e nada fazem?
Há necessidade de reagirmos dentro daquilo que temos e que tem um grande um poder: o voto. Pensem nisso! As eleições municipais se aproximam e há muitos “felinos” querendo pegar “gnus” em nossas cidades. Fique atento!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O dólar do Marquinho

O fato que passo a narrar aconteceu entre os anos de 1969 e 1972. Nesta época um grupo de jovens adolescentes, que hoje já são pais e avôs, se reuniam no Jardim dos Inocentes – que na época era mesmo inocente e hoje não é mais nada disso, na Vila Santa Cecília, em Volta Redonda, estado do Rio.  
Nesta época os jovens adoravam ver quem mais errava ao falar e “encarnavam” no pobre coitado até que outro viesse com outro erro. Era uma “azaração” total e lógico que ninguém queria ser a vítima, o pato.
O grupo era composto pelo Celso – hoje aposentado, Alexandre – pastor, Marco – irmão de Alexandre, funcionário publico e personagem de nossa história, Caco – que não sabemos o que faz hoje, Betinho, Fernando – jornalista e Tico – que deve ter virado jogador de futebol.
O  mico que passo a contar começa por causa do Cine Nove de Abril o principal cinema da cidade que abrigava, naquela época, a maior industria siderúrgica do país.
Naquele tempo, o cine Nove de Abril, tinha por hábito apresentar três filmes na semana. Um que era sempre o principal começava no domingo e ia até terça. Um outro que ficava em cartaz quarta e quinta e um terceiro que era apresentado sexta e sábado.
Existia, um ator chamado Giuliano Gemma, astro de filmes de mocinho e bandido de origem italiana e que fazia grande sucesso no Brasil. 
Seus filmes lotavam, eram seções e mais seções. Filas dobravam nas portas dos cinemas e em Volta Redonda não poderia ser diferente. E não foi mesmo.
Um belo dia estava toda a “patota” – eta termo antigo, conversando quando chega o nosso pequeno/grande Marquinho e anuncia para toda a turma:
- Gente vocês não sabem o que o Nove de Abril vai apresentar neste domingo? Um filmão o “O Dolar Furado”!
A entoação do Marquinho não acentuando a palavra dólar caiu como uma bomba entre a turma e foi de uma gozação só. 
O tempo passou, outros erros vieram, eu mesmo fui vítima várias vezes, mas até hoje passado muitos anos, Marquinho, já casado com filhos, ainda tem que conviver com esta história da qual me orgulho de ter feito parte.

Namorar sem Mentex nem pensar


Na década de 70 um dos points da juventude daquela época era assistir ao filme de domingo que passava no Cine Nove de Abril.
Deixe-me explicar para que todos entendam. Naquele tempo, o Nove de Abril tinha três filmes por semana. Um que passava nas quartas e quintas, outro que era exibido as sextas e sábados e um terceiro, e normalmente a produção mais importante, era apresentada aos domingos, segundas e terças.
Quantos sucessos passaram em suas telas. Vi vários como Dio Come Ti Amo, Dólar Furado, Sheik de Agadir – este tinha três horas de duração, entre outros.
Pois bem para ver estes filmes havia grandes  filas e a juventude preferia sempre a sessão das sete da noite, embora existissem sessões a cada duas horas desde as 13 horas. O cinema lotava e muita gente voltada da porta por falta absoluta de ingresso. Não é como está hoje, apesar de toda luta do Giovanni.
Mas, deixando as lamentações de lado, ir ao Nove de Abril era o grande programa. E os casais de namorados sabiam disso! Cada um tinha praticamente seu lugar certo de sentar para ver o filme e namorar.
Mas, para dar um gosto melhor no namoro havia alguns ingredientes que não podiam faltar além, é claro, do escurinho: a Mentex era um deles. Para quem não sabe Mentex era, e ainda é, uma pastilha com gosto de hortelã e que deixa um bom hálito na boca. Ainda hoje pode ser encontrada por ai, mas naquela época era um furor. Todo namorado comprava, afinal beijar com mau hálito, nem pensar!
Além da Mentex o Nove de Abril vendia na bomboniere um saquinho de amendoim salgado. Ainda hoje está por aí também, embora esta juventude prefira comprar grandes sacos de pipoca, que na minha opinião, só servem para engordar ainda mais e pior, deixar caroços de milho nos dentes.
Pois é, hoje se beija muito mais facilmente que antigamente e não precisa mais do escurinho do cinema para isso. O tempo mudou, mas a história foi vivida e quem passou por ela não a esquece jamais.
Para quem quiser saber da Mentex ela está à venda em bares e farmácias da região. Mudou a embalagem, mas o sabor ainda é o mesmo.