domingo, 8 de abril de 2012

Jejum da fofoca






Acabei de ler no site do Jornal Mundo Gospel uma notícia que me deixou com as esperanças renovadas no ser humano. Na cidade de Catalão, a 249 km de Goiânia, no sul de Goiás, uma moradora resolveu fazer o que chama de jejum de língua. A produtora cultural Gláucia Evangelista resolveu ficar sem falar mal das pessoas durante 40 dias.
Que coisa maravilhosa! Já imaginaram se a moda pega?
O que seria das comadres, das fofoqueiras de plantão? Será que sobreviveriam?
Não sei as respostas as perguntas acima, mas que seria bom, ah isso seria!
Tenho um amigo que quando namorava uma moça, lá pela década de 70, tinha sempre a companhia, pela janela é claro, de uma vizinha desta moça que preferia ficar nas frestas das janelas vendo e tentando ouvir o que o casal fazia e dizia, a ver a sua novela ou mesmo a buscar um companheiro. Era um sufoco, segundo ele, namorar com a "espiã" na cola. Nem a mãe da moça se preocupava tanto quanto a fofoqueira de plantão, que acabou solteirona.
Tenho outro que sempre que chegava à cidade onde morava sua namorada, era, primeiramente, recepcionado pelas “vigias de frestas” como eram chamadas. Não foi uma nem duas vezes que ele as ouvia na janela comentando sobre a sua chegada. Eram as conhecidas comadres. Já faziam parte da tradição!
Casos de fofocas existem vários. E vão continuar existindo enquanto o mundo for mundo. Afinal, a origem deste hábito, de se meter e falar da vida alheia, vem, segundo o site História do Mundo, do tempo das cavernas. Naquela época, os homens da pré-história buscavam informações acerca da vida de outras pessoas para saber de suas fraquezas, seus medos, o que sabiam fazer, seus desejos e outros.
Como não existia ainda a escrita as informações eram passadas oralmente. A fofoca então passou a fazer parte não só da vida social, mas também da parte política, onde foi usada para desmoralizar os monarcas, e da história da humanidade, onde uma informação errada poderia mudar toda a trajetória da história.
Como vocês puderam saber a fofoca é velha, mas nada impede as (os) fofoqueiras (os) façam que nem a Glaucia e partam também para um jejum que pode ser não de 40 dias, mas de 365, 730. 1095 dias e ai vai.
Que tal a idéia?

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