terça-feira, 20 de março de 2012

Xixi na Rua: um gesto que pode ter conseqüências


Era um sábado e resolvi dar um pulo na feira para conversar com um amigo que tem uma barraca e também para comprar um bom queijo de Minas. Não sou mineiro, mas não dispenso nada que venha desta terra tão abençoada que é as Gerais, especialmente um bom queijo.

Mas voltando, o local da feira não tem muito lugar para estacionar e por isso necessitei deixar meu carro há uma quadra por onde deveria “entrar” na feira. Não sei se na sua cidade a feira tem entrada, mas aqui vou tem uma espécie de entradas. Coisa do interior!

Ao sair do carro, reparei que na minha frente estava um casal com um garoto de mais ou menos 8 anos. Se tanto! Continuei caminhando quando ouvi o garoto pedir a mãe para ir ao banheiro porque precisava fazer xixi. A mãe não pensou duas vezes: mandou ele colocar o “pintinho” para fora e fizesse no poste.
Fiquei pensando sobre aquele ato. O que pode ser considerado certo agora será errado e poderá dar até prisão se este garoto quando rapaz ou homem feito, resolver repetir o gesto autorizado pela sua dedicada mãe.

No último carnaval a prefeitura do Rio revelou que foi muito alto o numero de foliões autuados por fazerem xixi na rua. Foram quase mil homens, em sua maioria, adultos. Fiquei pensando quantos destes foliões não tiveram um dia uma mãe que o mandou urinar no posto. Eu mesmo já passei por isso, mas não faço isso hoje, deixo bem claro.

Fica ai um recado as mamães e papais: cuidados com as atitudes que vocês tomam com as suas crianças. Nem sempre aquilo que achamos ser bonitinho é certo e caso não haja uma correção corremos o risco de estas crianças sofrerem no futuro.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Como o poder transforma...


“O poder é igual às ondas do mar. Vem e vão!”

Um dia desses estava na minha igreja cultuando a Deus, quando o pastor começou a falar sobre poder. Não só este poder mesquinho, totalitário, vergonhoso que algumas pessoas acham ter só porque estão hierarquicamente em uma posição superior a outras pessoas.
Pior do que estas pessoas são aquelas que não tem poder algum, mas por gravitarem próximos as que têm, se acham no direito de usufruir desse poder.
Li uma vez um ditado que dizia: “De o poder a uma pessoa e você conhecerá esta pessoa”. E não é que a pura verdade.
Como o poder pode modificar tanto uma pessoa. Há casos e mais casos de pessoas que perderam tudo que tinham, e para o qual não davam valor, em troca do poder.
Mas o poder de quê? O que será que estas pessoas que gostam do poder sentem quando usam ou abusam disso? Será que tem orgasmos por causa disso? Eu, por exemplo, quando ajudo uma pessoa, busco o bem dela, sinto-me feliz e realizado. Será que estas pessoas sentem iguais a mim?
Conheci um engenheiro na década de 80 que era uma pessoa altamente comunicativa, colega, divertida, brincalhona, gente boa demais! Um dia tudo isso foi para a lixeira. Ele alçou a posição de coordenador de uma das áreas da empresa para qual trabalhava e tudo, mas tudo, mesmo mudou.
Aquele rapaz que chegava dava bom dia, brincava com as pessoas, aconselhava os que precisavam de um conselho, era dono de um sorriso para lá de especial, sumiu, desapareceu.
Deu lugar a uma pessoa amargurada, rude, de mal com a vida, desagradável, prepotente, grosso, e quantos outros adjetivos fossem aqui colocados, ele seria.
Ele mudou ou o poder mudou ele? A minha conclusão foi que foram as duas coisas. Ele se deixou mudar pelo poder.
E prejudicou muitas pessoas. Mas tantas que quando foi demitido, e demitido no meio da sala, houve uma salva de palmas para comemorar.
Saiu da empresa humilhado, sem um colega para lhe dizer “boa sorte”. Foi deprimente, mas cá entre nós merecido.
Tenho pena das pessoas que buscam este poder do homem para si. Que buscam ser o que não são e, na maioria das vezes, não estão preparados para ser. Que buscam compensar suas frustrações na vida prejudicando os demais. E agora vem o pior: se acham maior ou igual a Deus!

Será que esquecem que o poder tem fim!. Ainda mais aquele que extraído de quem o tem, para usar contra quem deseja?
Para mim só há uma resposta e está no início deste artigo: a falta do poder de Deus na vida delas. Algumas podem até achar que tem, mas na realidade...
Espero, sinceramente, que você que está acabando de me ler não se encaixe no que falei aqui. Ou melhor, que se encaixe sim, mas naqueles que fazem “o bem, sem se olhar a quem”. 

domingo, 11 de março de 2012

Vizinhos são bênçãos? Nem sempre...


Durante toda minha vida lembro-me de ter ao meu lado vizinhos. Foi assim quando ainda criança morava em Copacabana, no Rio e havia o Elias, o Marcelo e mais uma turma que reconheço não lembro seus nomes. Quando mudei para Volta Redonda mais vizinhos vieram fazer parte da minha vida: Norinha, Tetê, Marco, Alexandre, Celso, Caco, Tico e muitos outros. Tinha o Dr. Célio, dona Neide, Seu Samuel, Seu Emanuel, tinha a Maria, a mãe dela, o pai Natalino, tinha dona Clarinha que por tantas vezes me emprestou seu telefone, tinha dona Bergoncil e por aí vai;
Ao voltar para o Rio convivi por quase quatro anos sem saber quem eram meus vizinhos. Morava na casa de minha tia, mas sai muito cedo, voltava muito tarde e aos fins de semana me mandava para casa dos meus pais. Por isso não me lembro da vizinhança.
Ao casar tive e ainda tenho bons vizinhos. Carmelina, Ademir, Seu João, Ricardo e Simone Santos, Neusa, Romilda, são algumas destas pessoas que passaram pela minha vida e que sempre terão um lugar na história da minha vida.
Mas será que ter vizinho é bom ou ruim? Vale à pena ou não vale? Estas são algumas perguntas que todos sem exceção se fazem. Afinal é melhor viver com ou sem eles?
Conheço famílias que por muitos anos tem mais afinidades com seus vizinhos do que seus próprios parentes. São amizades antigas que são passadas de geração a geração e que por muitas vezes originam até em casamento.
Quem mora ou morou em vila ou cidade pequena sabe bem do estamos falando..

Ter vizinho é uma benção? É pode ser, mas também pode ser um castigo. Não é nada fácil convivermos em comunidade, principalmente quando algumas pessoas não sabem onde começa e onde termina o seu direito e o do outro.
Um amigo me ligou hoje pela manhã para aquele papo de domingo, e me contou a história de um vizinho seu que é incapaz de dar um bom dia para qualquer de seus vizinhos. Só chega mesmo para reclamar das brincadeiras das crianças, do cachorro que late muito, do galo que canta, do sol, da chuva, do mormaço, do churrasco para o qual ele não foi chamado e cuja fumaça – segundo ele, lhe faz mal. Ou seja, aquele vizinho mala. E sem alça!
Este amigo ainda acrescenta que este vizinho que vive reclamando de tudo e de todos, não pensa duas vezes em exceder seus domínios para além dos seus muros. Dia de festa na casa dele todos os vizinhos ficam sabendo. Afinal os seus amigos param seus carros em frente a todas as casas como se donos dela fossem, a música fica alta até a horas que ele deseja, nesse dia a fumaça do seu churrasco não atrapalha ninguém, etc..
Ter vizinho não é mesmo fácil! Como já disse sempre tive bons vizinhos. Hoje também não posso reclamar, mas já passei por situações para lá de constrangedoras graças a vizinhos. E não foram poucas. Havia um que se achava DJ e colocava o seu som nas alturas até altas horas da madrugada. Havia uma senhora cuja principal distração para a sua vida era saber da vida dos outros. Se quisesse saber alguma coisa sobre os outros era só encostar no seu portão que lá vinha ela com as noticias “na ponta da língua”.
Ter vizinhos não é fácil, mas viver sem eles deve ser horrível. Imagine você morando em um local isolado, sem ninguém. E se precisar de alguma coisa, de uma colher de açúcar, de uma panela de pressão se a sua parar de funcionar, de um gole de café porque seu pó acabou, de um papo amigo, de um carinho... Isso, você só vai conseguir com seu vizinho.
Portanto, pesando os dois lados, ter vizinho é uma benção, mas que dependendo do caso Deus pode dar uma melhorada, ah, se pode!
Para encerrar segue abaixo alguns tipos de vizinhos. Vê se alguns deles se encaixam aos seus... Esta relação foi pesquisada no site minilua.com
1 – Donos da rua: Agem de maneira despótica, impedindo que os demais moradores possam se divertir. Na sua visão, tudo é visto como errado, do joguinho de futebol na rua, passando pelas brincadeiras das crianças, estacionam seus carros em qualquer lugar e os outros que se danem.
2 - Baladeiros: Não sentem o menor respeito pelos demais. Em alguns casos, por exemplo, são capazes de ligar o volume do som no máximo, tudo é claro, para chamar a atenção.
3 - Carentes: Vivem tocando sua campainha ou interfone. Pedem de tudo, água, feijão, arroz, macarrão…
4 - Paranóicos: Acredita que todos estão contra ele. Temendo represálias, investe maciçamente em segurança, colocando em casa, alarmes, cadeados ou cercas eletrificadas.
5 - Fofoqueiros: Sim, caro leitor, não são apenas as fofoqueiras que dão trabalho. Aliás, como confiar em alguém, que pode, em questão de minutos, espalhar um assunto sigiloso para o bairro todo?
6 - Xavequeiros: Não perdem uma, literalmente. Adoram xavecar as mulheres da rua ou do bairro. Por eles, são realizadas diversas cantadas, das mais tradicionais, passando pelas mais ofensivas.
7 - Malas: Não aceitam um “não” como resposta. Tudo deverá ocorrer ao seu modo. Com um vizinho assim, pobre de ti, por exemplo, se você recusar um passeio, viagem ou churrasco em sua residência.
8 - Tranqüilos: Estes sim, já em estado de extinção. Um vizinho tranqüilo é aquele calmo, sereno, e que jamais irá te recriminar por suas crenças ou condição financeira.
9 – Participantes: Não podem ver uma festa ou mesmo uma pequena reunião que vão se aproximando e quando você já estão presentes comendo e bebendo.
10 – Fantasminha: É aquele que você sabe que existe, sabe onde mora, mas nunca o vê.
11 – Curioso: É aquele vizinho chato que todos os dias lhe pergunta para onde vai e com quem vai?

Crédito das fotos: olhares.com e Google

sábado, 10 de março de 2012

Sogros parabéns! Hoje é o nosso dia


Acabo de saber através do meu amigo Juliano Sá que hoje, dia 10 de março é o dia do sogro. Para ser franco nem imaginava que esta data existia. E creio que assim como eu, muitos de vocês que me lêem agora – espero que sejam milhares é claro, mas me contento com ao menos um além de mim e da minha esposa, também não sabiam desta data.
Tentei buscar nos sites de busca a origem desta data, mas quase nada encontrei a não ser que no mesmo dia se comemora também o Dia do Telefone (Alô, alô parabéns), que nesta data morreu o poeta Assis Valente e também que hoje é aniversario do cantor Vanderlei Cardoso. Só isso, nada mais.
O curioso é que esta data não é “comemorada” pelo comércio, o que é muito raro, mas logo vai ser com certeza. Imaginem se fosse. Em fim o que importa é que nos sogros temos o nosso dia: 10 de março. Porque ou para quê o temos não importa, mas temos. E, portanto, parabéns a todos os sogros.
Para encerrar se alguém ver o meu genro avisa a ele da data, porque até agora nada...
E agora sim terminando seguem as 23 perguntas que você nunca deve fazer a um sogro. A origem delas é do site www.fodecast.com.br.

Nota do autor: Procurei mas não encontrei data do dia da sogra, do genro e da nora. Tai, ano de eleição, é uma boa idéia para políticos em campanha.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Vítima de builing, eu!



Acabo de se vítima de builing! Mas não se assustem. Ninguém me chamou de feio, gordo, cabeção ou outros adjetivos que são utilizados de forma discriminatória em cima das pessoas e que acabam causando seqüelas para a vida toda
O builing pelo qual passei foi causado pelo amigo Sidnei Alves. Ele, como sempre faz, apareceu na sala em que trabalho e depois de dar o seu “Boa Tarde Galera” e suas outras considerações, saiu distrubuindo bombons de chocolate “Sonho de Valsa”, para todas as mulheres que trabalham comigo a fim de comemorar o Dia da Mulher.
A homenagem como foi válida, mas me senti vitima de builing. Afinal quando pedi a ele um bombom ele me disse que era só para as mulheres.  
Nada tenho contra esta comemoração, embora para mim não haja necessidade de termos esta data. Afinal, sem machismo algum, todos os dias são das mulheres e não consigo me imaginar sem elas
Para começar quando nasci, cresci e me formei tive sempre uma ao meu lado. Aliás, tive quatro que me foram muito especiais: minha mãe, minha tia Nair, minha avó Marocas e a minha Dó, que até hoje, assim como minha mãe, está presente em minha vida. Também não posso deixar de lado minhas tias e primas que muito me ajudaram a ser o que sou.
Fora do leque familiar, tive outras que não fazem mais parte da minha vida, mas fazem parte da minha história.
Hoje acordo, vivo e durmo cercado de mulheres. Tem minha esposa Marcia, minhas filhas Fernanda e Luciana, minhas netas Manoela e Marcela, tem as colegas de trabalho Giovana, Alana, Gabriela, Ana Carolina, Carol Moura, Jô, Debora, Elaine e Erica e muitas outras como a Lena do cafezinho e a Sonia. Nossa quantas mulheres! E todas de uma forma ou outra ligadas a minha vida e merecem todas as homenagens não só hoje, mas sempre.
Tudo bem que elas mereçam ser homenageadas, mas, poxa, eu também queria um bombom...

domingo, 4 de março de 2012

Discriminação religiosa



Estava no Rio participando de um curso de Media Training e passei por uma situação um tanto quanto inesperada. Ao terminarmos, a responsável nos solicitou que fizéssemos uma foto. Quando estávamos posando veio um dos participantes para o meu lado e me disse:
- Sou judeu. Posso ficar ao seu lado já que você é evangélico?
Aquela pergunta, reconheço, me abalou. Voltei para Volta Redonda pensando no significado da pergunta. Porque, afinal o que há de mal duas pessoas ficarem juntas se não professam a mesma fé?
Se fossemos agir assim seria muito difícil a nossa convivência e poderíamos voltar a viver como a Alemanha nazista.
Só para terem uma idéia no meu trabalho onde passo a maior parte dos meus dias convivo com umbandistas, espíritas, católicos, messiânicos, agnósticos e evangélicos o tempo todo e nem por isso sou discriminado ou faço discriminação.
Fico até aborrecido quando vejo isso acontecer. Aliás, não consigo ver motivo para isso acontecer.
Deus nos dá o caminho da Salvação. Eu creio estar no caminho certo, mas respeito aquelas pessoas que acham que o caminho é outro. O meu caminho é seguir os ensinamentos que foram dados por Jesus Cristo, mas respeito é um direito de cada um buscar um outro caminho e não por isso vou deixar de conviver, de viver, de socializar com estas pessoas.
Lamento, e muito por sinal, que haja pessoas que não pensem como eu. Pensem como aquele jornalista que me fez esta pergunta.
Deus, através de seu filho Jesus Cristo, nos mandou dois recados básicos para que tenhamos o seu amor. O primeiro é louvá-LO sempre. O segundo é amar o meu próximo. 
Busco todos os dias, seguir estes ensinamentos.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Ir ao cinema era uma festa. Hoje não mais!



Quando começo a escrever estas linhas sinto-me um pouco frustrado e vou explicar porquê. Por mais de meia hora fiquei buscando um site que pudesse me relacionar os cinemas que existiram na cidade do Rio e que foram derrubados ou transformados em igrejas evangélicas/shoppings/supermercados, etc e não encontrei.
Buscava me lembrar de um cinema que ficava na Rua do Catete, próximo ao Largo do Machado e que tinha em sua frente esculturas de bocas abertas. Lembro que era um prédio branco, espaçoso e onde vivi grandes momentos da minha infância.
Era nele que a minha saudosa Tia Ana levava a mim e as minhas primas Rosa Beatriz e Tereza Isabel para assistirmos aos grandes clássicos. Para terem uma idéia do que significava a ida a este cinema – cujo nome teima em não vir a memória, a preparação começava pela manhã. Éramos acordados logo cedo pela tia. Almoçávamos por volta do meio-dia e íamos as sessões das 14 horas.
Dentro do cinema, sentava-me sempre em um dos lados da minha tia. Isso era sagrado. Rosa Beatriz que hoje mora nos States se “digladiava” com minha outra prima para ver quem ficava do outro lado da tia querida. Confusões, brincadeiras, bate bocas tudo isso parava quando as cortinas abriam e lá vinha o cine jornal do Canal Cem, depois os traillers e finalmente o filme.
Raramente a sessão atrasava. Aliás, para ser mais correto, apenas uma vez ela atrasou o que nos permitiu protagonizar um fato que guardo até hoje. Um garoto que estava perto de nós perguntou a senhora que estava ao seu lado, porque o filme demorava. Uma moça que estava junto com ele, loira, muito bonita por sinal, não pensou duas vezes e tascou: “É porque os artistas estão almoçando”.
Hoje este glamour não mais existe. Ir ao cinema hoje não requer mais um preparo. Não tem a importância que tinha nos anos 60. E cá entre nós até mesmo os filmes não são mais os mesmos. Mas isso é objeto de comentário para outro dia.
Para encerrar acabo de encontrar este cinema que tanto me deixou saudades. O nome era Azteca e ficava que foi demolido no final da década de 70.
                                                              Demolição do cinema